A insegurança Amorosa Obscurece o Amor
Numa convivên cia a dois, os maiores problema s de ordem sentimen tal são as cobrança s decorren tes de ciúmes e desconfi anças. Elas surgem de repente, após a fase de encantam ento em que um ou ambos começam a se voltar para si mesmos, individu alizando -se e fazendo valer as suas vontades. Chega a hora em que o leque começa a se abrir e o relacion amento toma um novo rumo. Sejam as personal idades que afloram, sejam as mudanças de atitudes por questões diversas, o fato é que não se consegue manter por muito tempo um romance de cinema.
O cotidian o vai se infiltra ndo de tal maneira que já não há mais predispo sição para se viver apenas o lado sentimen tal da vida, mas isso não signific a que o amor tenha acabado. Porém, por falta de entendim ento, as divergên cias começam a surgir dando vazão a discussõ es, desgaste e decepção. Cobra-se pelo atraso para chegar em casa, pelo jantar que não foi como o esperado, por não ter atendido o celular, pela falta do carinho de antes, pelo encontro com os amigos até mais tarde e por tantas outras motivaçõ es que acabam obscurec endo o relacion amento.
É preciso esclarec er que as cobrança s amorosas são frutos da insegura nça. Quem não se sente seguro numa relação afetiva tende a policiar todo e qualquer aconteci mento que envolva a sua cara-met ade. No menor sinal de "perigo" haverá uma reação negativa diante da pessoa (e daquilo) que se quer preserva r. E se não houver um esclarec imento plausíve l (por parte do acusado) dos fatos suspeito s, a partir desse momento, qualquer passo divergen te do habitual será motivo para cobrança s imediata s, seguidas de chantage ns e mais desconfi anças.
Normal mente, as pessoas que agem dessa maneira são aquelas que se dão por inteiro à relação e passam a viver somente para aquela história, para aquela pessoa, sufocand o a si e ao outro num espaço onde não cabe mais nada, a não ser os dois. Ela abdica dos seus gostos, dos prazeres antigos, da sua opinião e das amizades em nome de uma realidad e que desenhou com traços exclusiv os para serem seguidos à risca, segundo as suas expectat ivas. Sequer percebe que essas expectat ivas podem não ser recíproc as.
Se o outro, que a essa altura, já mudou o comporta mento por questões externas não estiver disposto a entender o que está acontece ndo e procurar resolver o impasse à custa de muito diálogo, desatand o os nós das desconfi anças, fatalmen te, esse amor estará fadado ao fracasso. Num primeiro momento, poderá investir no relacion amento com justific ativas e tolerânc ia, mas a tendênci a é que se canse das imposiçõ es comporta mentais do inseguro e assuma uma personal idade fria e distante. E entram aí o silêncio, a desilusã o, a falta de perspect iva futura e o egoísmo.
A insegura nça amorosa é responsá vel pelo término de muitas história s que tinham tudo para dar certo. Ninguém pode ter certeza do êxito ou do fracasso amoroso, portanto, não é o patrulha mento diário que garantir á o futuro da relação. O que se deve prioriza r é o bem-esta r de ambos, sem que um se sobressa ia em exigênci as e vontades em detrimen to do outro. Dividir o mesmo espaço e ter os mesmos desejos não signific a controla r, orientar, manipula r as atitudes do parceiro. Não bastam cumplici dade e amor, faz-se necessár io confianç a e liberdad e para ir e vir.
Texto retirado do site:htt p://afro ditepram aiores.blogspot.com
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