O Rosacruz
(Mestre Apis)
Feliz
daquele que ao despertar pela manhã abre os olhos para um mundo novo e cheio de
promessas, agradecendo a Deus por estar vivo. Sorrindo interior e exteriormente,
visualiza na tela da sua mente grandes projetos para a evolução da Humanidade e
se prepara para realizá-los, dizendo:
- Que
haja Paz, Ordem e Progresso! No Universo, na Terra, no meu País, no meu Estado,
na minha cidade, na minha rua, na minha casa!
Feliz
daquele que acorda todos os dias com tal disposição e caminha com firmeza e
determinação por entre pedras cortantes e espinhos pontiagudos que não podem
sequer arranhá-lo porque sua aura o protege. Para ele não existem nem
adversidades nem inimigos, pois todos são irmãos sob a paternidade de Deus e
devem se amar uns aos outros como a si próprios; e os obstáculos que vão
aparecendo na estrada da vida ele os abençoa, vendo-os como as provações nas
quais se refinará como o ouro no cadinho.
Feliz
daquele que extrai das adversidades as lições necessárias à evolução da sua
consciência e torna-se capaz de compreender o sentido das iniciações ocultas nos
acontecimentos comuns a todas as criaturas. E vê as grandes alegrias contidas
nas pequenas coisas, compondo a felicidade permanente. Ele está nu e puro diante
da Rosacruz, despido de toda veleidade.
Feliz
daquele que ao levantar os olhos para Deus em oração de súplica pede não por si
mas pelo seu próximo, sabendo que é parte da Humanidade e que todos somos
um.
Este, na
verdade, é aquele Rosacruz que ao estender a mão o faz em gesto de paz,
empunhando a espada de luz que produz a cura das enfermidades do corpo e da
mente em todos os seres vivos voltados para o Bem, e lhes diz, a
todos:
- Aceita
esta linda rosa que te ofereço como prova de meu amor eterno. O mundo e as
coisas do mundo passarão, mas o amor não passará.
Feliz
daquele que pode se olhar no espelho sem sentir remorso ou vergonha e que
entende que ser humilde não é se humilhar mas, sim compreender no âmago da alma
que sem Deus não somos nada e que nada pode ser anteposto ao amor a
Deus.
Este, em
verdade vos digo, é aquele Rosacruz que ao se defrontar com a morte não a teme,
porque sabe que não existe morte – apenas uma breve separação, um portal que se
abre de um plano para outro.
Feliz
daquele que por ser Rosacruz tem esse conhecimento, acumulado no passado e a
cada dia aumentado. Não para si, mas para toda a Humanidade, em nome do Supremo
Bem.
Feliz
daquele que vê a alegria de Deus na gotinha de orvalho, nos olhos dos bichinhos,
nos sorrisos das criancinhas e dos velhos, no otimismo dos moços, nos sonhos de
todas as pessoas.
Este é
aquele Rosacruz para quem o milagre é algo absolutamente normal. Para ele o
milagre da vida não é um enigma. E ele sabe, com certeza absoluta, que
simplesmente não existe morte: é uma pausa que faz parte da execução da eterna
sinfonia universal, para a perfeita compreensão do significado místico do
silêncio.
Feliz
daquele que busca no silêncio a comunhão com o Deus do seu coração, o Deus da
sua compreensão.
Dele é a
Rosa Eterna, que brilha sem corpo físico, na contemplação da Luz Maior, com seu
suave perfume.
Texto redigido pela Soror
Iolanda
em 1995 no Hospital da Ordem Terceira da Penitência, no Rio de Janeiro, após ser
informada pelo médico de que iria morrer dentro de poucos meses. Ela recomendou
que esse texto fosse divulgado nas proximidades do Terceiro Milênio da Era
Cristã. Clique aqui para
acessar o Site sobre a Soror Iolanda.
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