Aos Amigos que são música



Já acreditei que tivesse muitos amigos, já fui obrigada pelas evidências a reconhecer que, afinal, não eram tantos.
Alguns me surpreenderam e se fizeram mais amigos, outros pela decepção não menos surpreendente fizeram com que me afastasse.
Alguns com apenas um olhar doce no momento mais amargo me conquistaram, outros pela palavra mais indigna não dita a mim eu repudio.
Alguns com uma única palavra me aproximaram, outros com rebuscado discurso oco me fizeram fugir.
Reconhecer e querer um amigo não é um processo fácil em que você simplesmente elege, mas sim um aprendizado doloroso em que, depois de assimiladas as perdas, e enxergar que na verdade foram ganhos, você ainda tem que cuidar para que as dores não deixem marcas que comprometam a sua visão do mundo e das pessoas.
Afinal, amigos não são escolhidos como se fossem roupas ou acessórios: esse quero, esse não quero; aliás amigos não são escolhidos, são presentes que a vida nos oferece.
Acredito que amigos são como música e como canta Milton Nascimento, “amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito.”
Com certeza; guardar no coração e conviver o mais constante e intensamente possível não deixando por conta do acaso como canta Paulinho da Viola:
– Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
–Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E
você?
–Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...
Quem sabe? Quanto tempo!
Que o tempo não seja tanto, meu amigo e “se quieres ser feliz, no analises”, sejamos apenas felizes!
Com a mesma gratidão, o abraço na alma e o beijo no coração, espero encontrá-lo antes do que você espera e que não seja em algum sinal fechado do trânsito da vida.


Texto de Livia Where
Imagem Google

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